Aula 3_26.08.10

Bem, menti quando disse que discutiria aqui o texto do Tardiff. Fizemos (a equipe que fiz parte nessa aula) um resumo de tópicos do texto em sala nesse dia. Se necessário, depois copio por aqui.

Hoje, vou me ater a apresentar um "textinho" que a Alessandra pediu que desenvolvesse para a próxima aula.



Reflexões sobre o ensino de Química

Bem, sendo a Química uma ciência iniciada comumente no Ensino Médio, a ele vou me restringir.

Essa ciência deveria seguir exatamente o papel que deveriam caber às disciplinas no ensino médio: preparar a pessoa para entender o mundo ao seu redor. Nesse sentido a Química cumpre um papel no mínimo interessante, no que confere a certas habilidades que um aluno deste nível tem (ou deveria ter) a capacidade de desenvolver, como saber se ele pode misturar marcas diferentes de shampoo e condicionador, entender o funcionamento de uma panela de pressão e qual o detergente ou sabão em pó mais adequado para lavar e preservar o meio ambiente ao mesmo tempo, dentre várias outras habilidades.

A grande questão que pesa sobre o ensino de Química é que ela parece ser “ensinada” para (1) transmitir e somente transmitir os conceitos da química, sem aplicabilidade indicada, sem um histórico adequado ao entendimento e (2) preparar para as provas de Química em diferentes vestibulares. “Aprende-se” Química, como em boa parte das ciências, num método transmissor que força a imaginação do aluno do microscópico para que ele, então, numa odisséia interior, consiga chegar ao macroscópico. Conceitos sem o menor nível de fundamento são transmitidos e os alunos forçados a engoli-los e mentalizá-los.

A questão é que é a Química a mais experimental das ciências (por uma série de motivos que não cabe discutir nesse texto) e não há como uma interação com essa ciência na base do giz e quadro o tempo inteiro.

Os assuntos da disciplina deveriam ser ensinados levando em consideração a pergunta: “para que serve o Ensino Médio?”. Se, minimamente, abraçasse à resposta a esta pergunta, uma parte do problema seria resolvido. Outra parte se resolveria quando começasse a sair do macroscópico (contextualizado à realidade do aluno) para o microscópico.

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